e ver passar-te por entre os dedos o fio de luz que prende os teus olhos, e vê-lo enrolar-se em segredos quando a tua voz o apaga e acende;
tocar-te os lábios num fim de verso, ver-te hesitar entre sorriso e mágoa, perguntar se o teu rosto tem reverso,
e ter nele uma transparência de água: é o que vejo em ti no cair de véu em que me dás a terra que vale o céu.
Nuno Júdice
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